terça-feira, 30 de agosto de 2011

O QUE ME ENCANTA

Amo o jeito como tua boca se enche de sorriso,
E os teus olhos se centram no meu
Quando falas.
E tu ainda mexes o cabelo,
Daquele jeito,
Pro lado.
Posso até sentir o perfume,
É inebriante...
Sabes quando tu falas e pára,
Delicadamente,
Pra organizar as idéias?
Eu confesso que fico ansioso
Queria continuar ouvindo tua voz rouca,
Aquela arrastada na areia,
Voz segura, firme.
E tu vens poetisa,
Como a mesma voz segura e firme,
Ao tocar tua escrita “Nua”
Chego a ouvir ditar
Palavra por palavra
Em tom inconfundível
Com a mesma voz segura e firme
-“Voz de tudo vai ficar bem”.
Mas o que eu não entendo
É porque divaguei em tanto em teus encantos
Pra te dizer, unicamente,
Que te amo.... Poesia?

(Alex Rodrigues)

Existem pessoas que sabem bem como fazer feliz outras pessoas. Não sei o que fiz para merecer tua amizade meu amigo Paradoxal... mas só para avisar, eu sou o esquilo e você o pintinho.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Parte a Parte

Teus beijos,
Teus abraços,
Uma lembrança dolorida
Contorcendo meu coração.
E na confusão
Que se faz aqui dentro,
Perguntas sem respostas
Concisas,
O que tenho.
Eu durmo contigo
Todas as noites
Sem que percebas,
Eu deito ao teu lado
A acariciar teu cabelo
Até tu durmires.
Meu bem,
Se tu soubesses
Que toda noite
Eu ganho asas
Para te encontrar,
Tu saberias
Que estou de partida
Do único modo possível,
Parte a parte.

domingo, 28 de agosto de 2011

Em Particular


Te delimito em quadros,
Emoldurado,
Desenho traços,
Até disformes...
E com apagador
Apago a dor,
Apago a cor,
Como se tudo fosse possível
E a vida valesse à pena.
Mas é em vão!
Ainda te vejo particular,
Pairando no ar,
Suspenso em pó.
E tenho que confessar:
Voltarei a te rabiscar
Em linhas obtusas,
Grosseiras,
Desalinhadas.
Só pra ver,
Pra te ter,
Pra me satisfazer...
Em particular.


Alex Rodrigues

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A Amo

A amo,
Com esta forma
Recém inaugurada,
Tênue,
Propria para prolongar-se,
Atemporal.
Acomodas-te no meu peito
Feito criança
E o meu amor mais puro
Coça tua cabeça
Bem de leve.
Se eu soubesse
Que te amar assim
Era tão bom
Não tinha deixado
Para te amar
Só agora.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Oscilar

Oscilo,
Ora nisto
Ora naquilo,
Ora em nada...
Paro,
Hora se acaba
Hora finita
Hora abismada
Relógio
Sem bateria.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

À Deriva

Eu, um barco,
Perdido no mar
Do amor meu amor por ti.
À deriva,
Velas soltas,
No infinito azul
Que me circunda,
Não caibo em mim
De tristeza,
Pois se de amor
Não vive
Apenas um,
Menos se sabe
Por que se ama
Quem ama outrem.
Meu coração se parte
Todos os dias,
E parto com ele
Em qualquer direção
Para qualquer margem
Longe de ti.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

PARA O MEU FUTURO AMOR III

Quando no meio da noite,
De súbito,
Vier uma vontade irresistível
De me beijar,
Me beije!
E se no meio da noite
For a minha temperatura
Motivo de ansiedade
Aproxime-se!
Sonegue o meu sono,
Não se importe com as olheiras
Que sobrarem no outro dia...

OBS:Escrito especialmente para Lara http://mensagemefemera.blogspot.com que deixou um comentário muito querido no poema Retribua. Este é um poema para o teu futuro amor, minha querida amiga e poeta.

O Ponto

Parte de ti
Agora sou eu.
E se sou parte
Metade,
Um terço,
É que algum todo
Perdeu a inteireza.
Agora sou parte
Um naco de estranheza,
Um pedaço forasteiro
Quase ignorado.
Agora sou uma parte
E se sou parte,
Que seja a aparte mais bonita,
O ponto colorido
Na tua imagem
Em preto e branco.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Retribua

Queres-te dormir
Deita no meu peito
Faz de travesseiro
Meu abraço,
E no aconchego
Das noites infinitas,
Apareço
Com propostas doidas
De amor.
Faço acordos,
Mil beijos dilatados
No pescoço
De bom dia.
Faço tratos,
Tratados,
Pedidos,
Músicas inéditas
Que não lembrem
O que era,
O que seria.
Quer dormir-se?
Durma comigo,
Não acredite
Em tudo
Que digo,
Mas retribua
Os beijos que eu te der
No meio da noite.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

À Minha Glória

Qual minha Glória,
Flor de algodão,
Metáfora insuficiente...
A minha Glória
É poesia transbordante do cotidiano,
Rede que embala sonhos,
Pensamentos anfibológicos,
Minha Glória
É a ironia colorida e pueril
De um verso sem pretensão.
A minha Glória
Carrega pencas de netos-bisnetos,
Filhos postiços,
Amores do coração.
Se quiser saber
Qual seja a minha Glória,
Abre teu tórax,
Abre teus braços,
Faz-te campo hiante,
Pois a minha Glória
Não Arauja em qualquer lugar.