terça-feira, 29 de outubro de 2013

Rio de Janeiro



Amo-te, meu Rio de Janeiro,
Com um amor apaixonado,
Inesperado,
Como nunca pude cogitar...
Amo-te por essas serras suicidas,
Amontoados seios verdejantes,
Precipitando-se em mar.
Amo-te, com este amor primeiro,
Desesperado, 
Feito passo de Flamengo 
Aterrado no meu peito,
Só porque te esbarraras
Na barra das minhas ancas,
Das minhas Urcas,
Florestas da Tijuca,
Onde deixo de ser homem
E viro pássaro,
E voo alto,
Numa alfa delta sensação de estar completa.
Amo-te e de tanto amá-lo
O meu coração incandescente,
Em Fogo bota-se,
Brotando em mim este
Botânico Jardim de Aláh.
Amo-te e sinto
Quere-te em casamento,
Acordar pelo resto dos meus dias
Freitas Lagoa nos teus barcos,
Ser tua Marina, a tua Gloria,
Tua Vila Isabel.
Amo-te tanto
Que esse amor tamanho
Às vezes Farme Amoedo,
E por isso perco o Leme,
Me falta o Ar-poador,
Por essa dor,
De ter que te deixar.

sábado, 26 de outubro de 2013

Macapá out/2013



A cidade está em cinzas,
Sobe uma fumaça amarela,
Uma fumaça azul,
Sobe uma vermelha,
Sobem cores variadas...
Mas a cidade não está em festa.
O que há é dor
E uma cínica situação de emergência
Para engordar ainda mais a cor
Seja qual for ela.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Depois...


Depois da paixão,
Sossego.
A paz de um abraço,
O acalanto do fim do dia,
Uma briga aqui e acolá
Para não esquecer
Quem nem tudo é certo,
Para sempre,
E que até as plantas
Carecem de zelo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013


A BOCA

A boca
Vigia,
De canto de olho,
A boca,
Tem olhos,
Tem planos...
De me seduzir.
A boca
Interrompe
Acende
Na tela
Do meu celular
A boca...

domingo, 7 de abril de 2013

Sonhos de Poesia


Tuas mãos
Carregadas de amor
Espalham contornos:
Tuas marcas,
Tuas siglas,
Tua sina.

Tua poesia,
 Um clarão de fim de tarde
Que desvanece,
Furta-nos...
Aonde mais iremos
 Pelas tuas linhas?
(À Aline Monteiro)

segunda-feira, 4 de março de 2013

Inominado

Saudade,
Palavra,
Tua ausência,
Um fato,
Aqui por dentro
Falta
Um pedacinho de mim...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Tempo e Eu

Eu não tenho medo do tempo
Eu olho o tempo nos olhos
O tempo corre
Ele não para,
Não encara,
Não olha nos olhos.
O tempo não existe,
Invenção nossa
E nós contamos com ele.
O tempo é bom!
Come-se bolo por causa dele
Vez em quando.