sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Imaginação













Posso ver nosso filho,
Cada dobrinha,
A mão segundo teu dedo,
Os olhos de “eu vi primeiro”,
E a boca
Que faria questão que fosse à tua.
Posso ver-te com ele
Ou ela, quem poderia saber,
Sentada na cadeira de balanço,
A dormir sobre teu peito
Enquanto me sorrisses
De pura satisfação...
E já que não posso dar-te um filho
Não pensei nas noites sem sono,
Nem nas fraudas por lavar,
Supus apenas como seria bom
Dar-te um pedacinho desse algo
Metade meu, metade teu.

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